terça-feira, 29 de maio de 2007

Declarada a greve dos professores de Colégios Particulares

A Assembléia que ocorreu dia 29/05, no PAF/UFBA em Ondina no turno matutino teve a presença de professores de dezessete colégios da rede particular de ensino de Salvador. O SINPRO (Sindicato dos professores do Estado da Bahia), de uma maneira democrática, visou entrar em consenso quanto a aprovação ou não da greve por tempo indeterminado. Diante do sentimento de revolta e luta pela melhoria das condições de trabalho, os professores
declararam que irão seguir a indicação da diretoria do sindicato.

Os professores desaprovaram a proposta da representação sindical das escolas particulares referente ao aumento de apenas R$0,25 (25 centavos) por hora aula. Alem dessa insatisfação, os mesmos buscam na greve resolver as causas apresentadas pela diretoria do sindicato. Entre estas estão o pagamento de horas extras, a integralidade do professor diante da ameaça de demissão no começo das aulas, melhores condições de trabalho que visa manter a sanidade dos
educadores, entre outros. Entre um dos trechos no site da SINPRO que informa oficialmente a
greve, foi declarado: "Precisamos de livros, internet, eventos culturais, tonner para
impressora, tudo isso fundamental para a qualificação da construção do conhecimento que
proporcionamos aos nossos estudantes. Logo, onde está a razoabilidade esperada de pessoas
que resolveram empresariar no ramo da educação?".

A assembléia provou em muitos momentos que não está restrito apenas a discussão do aumento de salários. Professores que opinaram a respeito da necessidade de greve declararam que os complexos de ensino de Salvador visam o capital acima da qualidade de ensino."Os professores são descartáveis", disse uma das professoras que opinaram a respeito.A direção dos colégios chegam a culparem os professores quando há prejuízos na empresa, como o aumento no número de alunos que saem desses colégios. Nós, como estudantes, sabemos que a saída de alunos nos colégios é culpa significativa da estrutura e do sistema do colégio, não dos professores em si. "O capital só se compreende quando o trabalho se recusa a dar mais valia a ele", declarou Cristina,presidente do sindicato dos professores, na conclusão de seu discurso.

O grupo docente do Oficina compareceu na assembléia e foram um dos colégios que estiveram o
todo o tempo a favor da greve, apesar de adimitirem que havia uma "timidez" nas causas do
movimento. Os professores apresentaram propostas de, com essa greve, negociar com a direção
certas reinvidicações como trinta minutos de descanso, pagamento de aulas extras, aumento no pagamento de 10% na hora aula e 6% no valor agregado, entre outros.


Opinião da GECO: Galera, é fundamental como estudantes apoiarmos as causas das pessoas que nos instruem diariamente e nos tornam cidadãos. Alem disso, não é necessário apenas o grêmio mas estudantes do colégio Oficina marcarem presença nas assembléias e movimentos que tiverem relação com a Greve dos professores. A assembléia dos professores tambem ajudou na integração dos grêmios dos colégios particulares que compareceram, como o Voz Ativa
(Anchieta), Democracia Jovem (ISBA) e a Chapa Move mente (Colégio São Paulo).

Amanhã terá um movimento dos Estudantes na frente do Colégio Marista, um dos colégios em que os professores não declararam greve,no Canela as 6:30. Haverá tambem assembléia dia 31 de Maio no Tales de Azevedo. Não percam!
Mais informações no site do Sindicato de Professores: www.sinpro-ba.org.br

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